sábado, 7 de novembro de 2009

Soneto de um Coração

Meu coração jamais se queda vazio,
Por mais sem nada que eu lhe tente deixar.
A natureza, do vácuo, é inimiga
E a sangria também drena a própria vida.

Tempos houve em que amar foi demasiado
E tempos em que de amarga dor me alimentei.
Do sucesso vindouro, no passado tive ilusões
No fracasso passado me resignei

Quando não amo, me apaixono
Por alguém, por algo, por uma idéia
Se não é um o sentimento, sempre há outro

Posto que, jamais, vazio esteve meu coração,
Quando vazio me pareceu, triste engodo,
Restava-me senti-lo inflar de seu vazio a ilusão

Pablo de Araújo Gomes, 07 de novembro de 2009

Um comentário:

  1. Eita, poeta....
    Descobriu a chave da criação.
    O coração nunca está vazio. Não consegue estar. Sempre tem o que botar pra fora. Sempre há o que queira entrar...e desse vai e vem é que nasce a angústia de escrever. De se contar e de contar o que se vê, o que se sente...até o que não se vê ou sente.
    Pois bem, Pablo. O vazio é a máscara que tentamos colocar no peito. A merda é que nunca cabe. Graças a Deus! kkk

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Pablo de Araújo Gomes