quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A Caneta e o Poeta

A caneta vida própria ganha
E escreve apenas o que quer escrever.
Quando o poeta a empunha,
Marca o papel com sua marca
- dele e da caneta -
E, de sua dupla personalidade
Deixa o rastro o poeta
Deixa o risco a caneta.

Transformam a palavra vazia
Em algo repleto de sentido,
E o signo abstrato começa a comunicar
Quando a caneta dá-lhe forma
E o sentimento do poeta a faz palpável.
Este casamento entre caneta e poeta
Invade, ao avesso, e reconstrói das ruínas
Todo o reino dos sentidos.

Pablo de Araújo Gomes, 13 de janeiro de 2010

2 comentários:

  1. Oi Pablo de Araújo Gomes!
    Td bem?

    Muito bom o blog!!!

    Óptimos poemas!
    Estou adorando!

    =)

    Visitem, comentem, sigam e aproveitem o meu blog:
    http://malucosdaleitura.blogspot.com/
    ...
    ♥ ... Bem sei que me AdoraM ...♥
    ...
    Bj

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  2. O problema do poeta é que ele conta aquilo que observa dos outros, da vida...e submete a caneta aos seus caprichos de observador.
    O problema da caneta é que, pra se vingar de tamanha submissão, ela acaba expondo o poeta ao dizer que ele mente, pois fala apenas de si mesmo...
    Que dupla...

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Sua sinceridade é o meu maior trunfo. A moderação dos comentários visa apenas garantir que eu leia todos atentamente! Obrigado!
Pablo de Araújo Gomes